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sábado, 25 de maio de 2013

You're gonna miss me when I'm gone

I got my ticket for the long way round
Two bottles of whiskey for the way
And I sure would like some sweet company
And I'm leaving tomorrow, what do you say?

When I'm gone (when I'm gone)
When I'm gone ( when I'm gone)
You're gonna miss me when I'm gone
You're gonna miss me by my hair
You're gonna miss me everywhere
You're gonna miss me when I'm gone

I got my ticket for the long way round
The one with the prettiest views
It's got mountains, it's got rivers
It's got woods to give you shivers
But it sure would be prettier with you

When I'm gone (when I'm gone)
When I'm gone ( when I'm gone)
You're gonna miss me when I'm gone
You're gonna miss me by my walk
You're gonna miss me by my talk
You're gonna miss me when I'm gone.

I've got my ticket for the long way round
These feet weren't built to stay to long
And I've got her on my arm
But you'll miss me when you're home
It's for you dear, that I sing this song

When I'm gone (when I'm gone)
When I'm gone ( when I'm gone)
You're gonna miss me when I'm gone
You're gonna miss me by my hair
You're gonna miss me everywhere
You're gonna miss me when I'm gone

When I'm gone (when I'm gone)
When I'm gone ( when I'm gone)
You're gonna miss me when I'm gone
You're gonna miss me by my walk
You're gonna miss me by my talk
(And I know) 
You're gonna miss me when I'm gone.

sábado, 11 de maio de 2013

Retomando um conto...


Querido Lucas,
Hoje está nublado e quente e isso me irrita, minha pressão cai e nada me agrada. Como pode perceber ainda uso o "tempo" como início de conversa, mas foi a única coisa que pensei pra tentar iniciar um diálogo com alguém que não falo há mais de um ano, sua última recordação foi aquele cartão de natal que me mandou, e eu ainda o tenho guardado (como pode ser tão ridículo e incrível?)
Enfim, vamos tentar iniciar uma carta como de fato ela deve ser. "Tudo bem com você? Espero que sim, pois comigo as coisas estão ótimas", meio aquelas coisinhas que se aprende nas aulas de redação quando está no ensino fundamental, como se houvesse fórmula mágica para escrever pra uma pessoa que ama/amou.
Tenho tanto pra falar, mas nada está saindo como o planejado, na verdade nem sei por onde devo começar. Provavelmente já percebeu que ando meio angustiada por estar enrolando tanto, e de fato estou. Eu tenho o incrível poder de sempre me dar mal quando o assunto é relacionamentos, sinceramente eu acho que você foi a única coisa que deu certo na minha vida e mesmo assim não demos certo. (um momento a paciente das quatro acabou de chegar, quando puder volto a escrever)

(acabei de chegar em casa, agora posso concluir a carta) Voltando ao assunto do "dar certo", seria muito mais fácil se os relacionamentos fossem como minha vida profissional e financeira, é meio frustrante para uma psicóloga saber que o único relacionamento estável que teve foi dos 17 aos 20 anos, e em plenos 27 anos não consigo me firmar com ninguém. EU AJUDO RELACIONAMENTOS DIARIAMENTE! E comigo não dá certo.
A Valentina sempre diz que eu sou a grande culpada: "Marina, você passa muito tempo dentro daquele consultório, esquece de si, e até perdeu toda aquela atitude que tinha antes". Acho que ela tem razão, me preocupo demais com as outras pessoas, me deixo de segundo plano, e ainda insisto em cuidar muito de quem está comigo, eu preciso parar de disfarçar meus ciúmes com meu ar falso de compreensividade, senão daqui a pouco eu explodo, e você sabe que eu explodo.
Acho melhor eu parar com esse assunto, pois estou parecendo uma adolescente de 16 anos reclamando da vida para a melhor amiga, e por falar em melhor amiga; a Catarina vai se casar, e adivinha quem vai ser a madrinha? Eu, é claro. É incrível como nossa amizade é duradoura, mesmo estando a centenas de quilômetros nos falamos com muita frequência e sempre quando dá nos visitamos, nunca imaginei que em algum dia ela e o Pedro teriam alguma coisa e muito menos que namorariam por cinco anos antes de se casarem, (eu ainda não me acostumei com essa ideia), parece que foi ontem que estávamos fazendo planos de viajar o mundo juntos, e depois de dez anos ainda não tivemos essa oportunidade, na verdade a Catarina, o Pedro, a Tina e o Fernando voltaram mês passado da expedição pela África. Sim, eu fiquei trabalhando... e lendo, é claro, ainda não perdi minha mania de ler a todo momento. Transformei o quarto de visitas do meu apartamento em uma minibiblioteca, mas ainda deixei um quarto para quando a Tina e o Fê vêm me visitar, aqueles dois sempre estão aqui!

Taí, você deveria me visitar, ainda moro naquele simpático prédio construído no inicio do século passado. O que seria provisório se tornou definitivo, na verdade mudei para um apartamento maior, como você viu quando veio aqui. Depois que terminei a faculdade quis continuar aqui, e meus pais ainda insistem que eu volte a morar com eles, mas acho que não iria me adaptar, eu os amo muito, no entanto é estranho voltar pra casa depois de onze anos morando sozinha, tudo bem que os cinco primeiros anos morei com a minha irmã (acho que é por isso que ela sempre está aqui). Mas de algumas semanas pra cá estou pensando seriamente em mudar de cidade, sair dessa monotonia, e fazer um novo curso. Um dia desses um amigo da faculdade me mandou um e-mail falando de um curso em outra cidade, um pouco longe daqui, e ainda me convidou para sermos parceiros em um novo consultório, marcamos um almoço e eu disse que estava tentada a aceitar a proposta, só ia pensar um pouco. 
Será ótimo para mim, um novo desafio, e se não der certo ainda posso voltar. Só acho meio difícil conseguir o apoio da minha família, principalmente da Tina, ela reclama dos cem quilômetros de casa, imagina quando essa distância sextuplicar? Será incrível, poderei crescer como indivíduo e profissional.

E você como está? Ainda tem o poder de desvendar o que as pessoas realmente estão sentindo? Ou eu que era muito previsível pra você? Ainda trabalha com seu pai? Continua sendo absurdamente insuportável quando quer? Como anda sua vida amorosa? É estranho perguntar isso para o seu ex.
Bem, já são duas horas da madrugada e já tomei três taças de vinho. Acho melhor ir dormir.

Beijos, se cuida. Da sua eterna pequena.

PS: Venha me visitar quando puder, nem precisa avisar, adoraria essa surpresa.